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Recepta faz acordo com Ludwig e a suíça 4-Antibody.

29 de janeiro de 2013 Pesquisa e Desenvolvimento

Recepta faz acordo com Ludwig e a suíça 4-Antibody.

A Recepta Biopharma, empresa brasileira de biotecnologia dedicada a atividades de pesquisa e desenvolvimento de novas drogas para o tratamento do câncer, acertou uma parceria internacional com a suíça 4-Antibody AG e com o Instituto Ludwig de Pesquisas sobre o Câncer. O acordo permitirá à Recepta participar do desenvolvimento da mais nova geração de anticorpos monoclonais imunomoduladores para o tratamento do câncer, disse ao Valor José Fernando Perez, fundador e presidente da Recepta.


"A parceria nos coloca na fronteira do desenvolvimento da imunoterapia do câncer", disse Perez. E acrescentou: "Estamos ingressando em uma área competitiva porque acreditamos que podemos trabalhar com rapidez e eficiência." A 4-Antibody e o Instituto Ludwig, que é acionista da Recepta, tinham começado parceria nessa área há mais de um ano, trabalho que agora será expandido com a participação da companhia brasileira.


A parceria prevê a geração e o desenvolvimento clínico de três anticorpos monoclonais imunomoduladores. Os anticorpos imunomoduladores são a mais nova geração de drogas usadas na imunoterapia do câncer. Hoje a 4-Antibody e o Ludwig vão divulgar comunicado conjunto sobre a parceria. A companhia suíça detém tecnologia própria, já testada pelo Ludwig, para gerar anticorpos imunomoduladores.


Perguntado sobre o tipo de câncer que poderia ser tratado com a nova geração de drogas, Perez respondeu: "Em princípio (o anticorpo), pode ser ativo para qualquer tipo de câncer." O executivo não revelou o investimento no projeto pois existem cláusulas de confidencialidade.


Pelos termos do acordo, a receita obtida no Brasil com o projeto vai ficar com a Recepta. Os resultados auferidos no resto do mundo serão divididos entre os três parceiros. A 4-Antibody vai utilizar sua plataforma tecnológica para gerar os três anticorpos imunomoduladores contra três alvos que desempenham papéis importantes na supressão da resposta imune em pacientes com câncer. Esses anticorpos serão validados pelo Instituto Ludwig.


A Recepta vai gerar as linhagens celulares para a produção desses anticorpos e, em conjunto com o Instituto Ludwig, conduzirá os testes clínicos iniciais de eficácia no tratamento do câncer no Brasil e nos Estados Unidos. A Recepta terá ainda uma opção para produção exclusiva dos anticorpos no Brasil.


O objetivo, segundo Perez, é fazer os ensaios clínicos com a nova geração de anticorpos imunomoduladores dentro da fase 1 (com grupo restrito de pacientes), em São Paulo e em Nova York, em período de três anos. Perez reconheceu que um novo aporte de capital na Recepta deverá ser necessário.


No ano passado, a BNDES Par, braço de participações do BNDES, e dois "investidores-anjo" (Emílio Odebrecht e Jovelino Mineiro) se comprometeram a aportar R$ 35 milhões na Recepta para que a empresa desenvolvesse seu trabalho. Ao final dos aportes, a BNDESPar deverá ficar com 16% do capital da companhia. O restante das ações da Recepta ficará em poder do Instituto Ludwig, com 30%, os investidores-anjo, cada um com 20%, o próprio Perez, com 12%, e José Barbosa Mello, vice-presidente da companhia, com 2%.



Fonte: Valor Econômico. "Recepta faz acordo com Ludwig e a suíça 4-Antibody". Por Francisco Góes. https://bit.ly/2OsIYfh

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