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Imunoterapia: a inovação em tratamentos oncológicos.

09 de julho de 2017 Anticorpos Monoclonais

Imunoterapia: a inovação em tratamentos oncológicos.

As doenças crônicas, nas quais se inclui o câncer, representam um enorme desafio para os sistemas de saúde e uma carga econômica significativa para os cofres públicos. O câncer representa, atualmente, a principal causa de mortalidade afetando mais de 14 milhões de pessoas anualmente.


Apesar de se verificar uma tendência positiva nas taxas de sobrevivência para muitas neoplasias ao longo das últimas décadas, o diagnóstico da doença oncológica, em fase avançada, representa ainda uma esperança de vida limitada para a maioria dos pacientes. Nesse contexto, a inovação farmacológica tem permitido reduzir substancialmente a mortalidade por câncer. A investigação em oncologia possui um modelo próprio, levantando-se questões éticas, que estão relacionadas com o início da investigação de uma nova molécula numa fase precoce da doença.


A imunoterapia do câncer conheceu um percurso atribulado, contudo, extremamente notável, desde as descrições iniciais das “Toxinas de Coley” em finais do século XIX até à era dos anticorpos imunomoduladores, no século XXI. Fundamentadas na vigilância e atividade antitumoral dos linfócitos, nomeados de células T, as estratégias de imunoterapia têm uma capacidade única de induzir respostas duradouras no hospedeiro, graças à sua capacidade adaptativa e memória imunitária. Células T “memória” podem efetivamente permanecer no organismo durante décadas, proporcionando assim um “princípio ativo” de longa duração e autorrenovável.


Atualmente, no Brasil, existem poucas empresas que direcionam seus esforços para o desenvolvimento de novas imunoterapias direcionadas para o tratamento do câncer. Gerenciada pelo Dr. José Fernando Perez, a Recepta Biopharma é uma empresa brasileira de pesquisa e desenvolvimento de novos fármacos para o setor oncológico, baseada nos avanços da biologia celular e molecular.


Nascida da interação entre uma importante instituição de pesquisa sobre o câncer e um grupo de empresários brasileiros, desenvolve biomoléculas que possuem a capacidade de reconhecer e de se ligarem a alvos específicos nas células tumorais, atuando diretamente sobre elas ou estimulando ações do sistema imunológico, para inviabilizar sua sobrevivência e reprodução. Esse é o princípio que caracteriza as terapias direcionadas, o foco de atuação da empresa.


A produção de anticorpos monoclonais humanizados (mAbs, na sigla em inglês) para o tratamento do câncer é a principal frente de pesquisa da Recepta Biopharma. A ação dessas biomoléculas está baseada na sua capacidade em reconhecer antígenos específicos de tumores e induzir uma resposta imune contra as células cancerosas. Atualmente, existem no mercado poucos mAbs aprovados para uso terapêutico. No entanto, há um grande número de institutos de pesquisas e empresas de biotecnologia conduzindo estudos na área no mundo todo.


A ReceptaBio iniciou o projeto de desenvolvimento dos anticorpos monoclonais em 2006, e hoje compõem o portfólio da empresa seis promissores mAbs, que contemplam a realização de testes imuno-histoquímicos – amplamente utilizados no diagnóstico de células anormais, tais como as encontradas em tumor – e de estudos pré-clínicos e clínicos no País.


Desta maneira, evidencia-se que a biotecnologia aplicada à saúde vem revolucionando os processos de obtenção de medicamentos, vacinas, kits de diagnósticos, terapias do câncer e de doenças autoimunes, entre outras, podendo também agregar valor às indústrias e a serviços ligados à saúde.



Fonte: TecBio - Reunião Brasileira em Tecnologias para a Produção e Regulamentação de Biofármacos. "Inovação em oncologia: imunoterapia". Por Beatriz Borges. https://bit.ly/2GTPRCo

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