Medicamento biossimilar: anticorpos monoclonais são desenvolvidos para combater doenças autoimunes, cânceres e infecções.

Tratamento do câncer

Novas e necessárias opções terapêuticas

O câncer é a segunda principal causa de morte em todo o mundo, e foi responsável por cerca de 10 milhões de mortes em 2020, segundo a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês). No Brasil, foram cerca de 260 mil mortes por câncer em 2020. Globalmente, quase 1 em 6 mortes é devida ao câncer. Aproximadamente 70% das mortes por câncer ocorrem em países de baixa e média renda. No Brasil, a estimativa para cada ano do biênio 2021-2022 aponta que ocorrerão 625 mil novos casos de câncer (Instituto Nacional do Câncer - INCA). Ao contrário da doença cardíaca, as taxas de sobrevivência ao câncer não melhoraram significativamente nos últimos 50 anos. O câncer continua, assim, representando um desafio para a ciência médica.

Novos avanços têm ocorrido para complementar as terapias tradicionais – cirurgia, quimioterapia e radioterapia. Entre as novas opções terapêuticas, anticorpos monoclonais se destacam entre as terapias para alvos direcionados, isto é, aquelas que buscam atuar em moléculas específicas presentes nas células tumorais. Devido a sua alta especificidade para o alvo em questão, anticorpos monoclonais são, em princípio, menos tóxicos do que quimioterapia tradicional atuando também em diferentes processos como no controle da progressão da doença e na prevenção e controle de metástases, dessa forma, aumentando o tempo de sobrevida, com melhor qualidade de vida para os pacientes.

Mais recentemente, uma nova classe de anticorpos monoclonais vem ganhando espaço no tratamento de várias neoplasias: os imunobiológicos, que agem no sistema imune do paciente e vem revolucionando o tratamento de alguns tumores, como, por exemplo, o melanoma. Maior eficácia, associada a menor toxicidade, tem feito alguns desses medicamentos serem listados atualmente como primeira linha de tratamento em alguns tipos de câncer. Outra possível atuação dos anticorpos monoclonais que também vem sendo estudada envolve a capacidade destes de carregarem toxinas para um sítio específico. São os chamados ADCs (Antibody Drug Conjugate) que podem induzir a morte de células específicas, como células tumorais.

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